A Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, disse hoje (10/04) que a campanha de comunicação “Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil” será bem sucedida se contar com o apoio da sociedade civil dos países que compõem o bloco. “Esta campanha só terá sucesso se a sociedade civil não se omitir diante da exploração e da impunidade e se as mais altas autoridades derem, em suas decisões, a prioridade absoluta prevista na Constituição para a proteção e a promoção dos direitos das crianças e adolescentes”, disse Laís Abramo.
Fruto de uma parceria da OIT com o Ministério do Trabalho e Emprego, e a Agência Brasileira de Cooperação, a campanha foi lançada simultaneamente no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e faz parte das atividades de um Projeto de Cooperação Sul-Sul Brasil-OIT, denominado “Apoio ao Plano Regional para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil no Mercosul”.
O Plano dos países do Mercosul para eliminação do trabalho infantil tem três eixos: conscientização em zonas de fronteira; harmonizar a legislação e permitir uma fiscalização do trabalho conjunta; unificar os indicadores e variáveis estatísticas.
A campanha estará centralizada nas cidades de fronteira, Paso de Los Libres (Argentina), Uruguaiana (Brasil), Posadas (Argentina), Encarnación (Paraguai), Rivera (Uruguai), Santana do Livramento (Brasil), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai). O principal objetivo da campanha é conscientizar a sociedade da necessidade imediata de prevenir e erradicar o trabalho infantil, com foco especial no trabalho agrícola, o trabalho doméstico e a exploração sexual comercial.
O trabalho infantil gera danos irreversíveis na saúde psicofísica dos meninos e meninas, prejudicando seu processo de desenvolvimento e particularmente sua integração com a educação. A campanha “Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil” está composta por várias peças gráficas dedicadas a cada uma das três modalidades e por um spot de rádio. Estes cartazes serão divulgados em edifícios públicos, estabelecimentos de ensino, centros de saúde, áreas de lazer e ou turísticas e albergues localizados em estradas nacionais, provinciais e internacionais
Fonte: ONU BR - 10/04/2012
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