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31/05/2012

ABUSO SEXUAL INFANTIL

 Abuso Sexual  Infantil
Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno. 

  A Criança Abusada

Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.
A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.
Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.
A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.
Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.
Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família.
Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.
O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:
1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
2.Problemas com o sono ou pesadelos;
3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
6.Negar-se a ir à escola,
7.Rebeldia e Delinqüência;
8.Agressividade excessiva;
9.Comportamento suicida;
10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
11. Retirar-se ou não querer participar de esportes;
12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus genitais;
13. Temor irracional diante do exame físico;
14. Mudanças súbitas de conduta.
  Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de Transtorno de Conduta severo fantasiam e criam falsas informações em relação ao abuso sexual. 

Quem é o Agressor Sexual

Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.
Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.
Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.
Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.

 A Família da Criança Abusada Sexualmente 

A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.
Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas ações, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o psiquiatra.
Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais durante a infância.
O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.
1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."
2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.
3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.
4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.
5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.
6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.
7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.
8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.
9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.
10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.
11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.
12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.
13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.
14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.
15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.
16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.
17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.
    ABUSO SEXUAL INTRAFAMILIAR
AGRESSOR
No.
%
PAI
77
52
PADRASTO
47
32
TIO
10
8
MÃE
4
4
AVÔ
3
2
PRIMO
2
1
CUNHADO
2
1
TOTAL
145
100




 

23/05/2012

Especialista defende ações preventivas como forma de combate à exploração sexual infantojuvenil




A Rede Pró-Menino entrevistou Ângela Gertrudes Küng, psicóloga clínica com especialização em violência doméstica cometida contra crianças e adolescentes, sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Durante a entrevista, Ângela falou das normativas criadas para proteger os direitos infantojuvenis e de ações de mobilização da sociedade.
A psicóloga também falou da necessidade de se realizar ações de prevenção nas escolas, para que as crianças tenham alguém de fora da família em quem possa confiar. “Isso porque, muitas vezes, o pai, a mãe, o tio, o avô, enfim, aquele que mora em casa, que deveria proteger, é quem está violando. E essa criança fica calada por medo, por coação, por uma série de ameaças que elas sofrem. Se fizermos esse enfrentamento a partir de ações educativas e preventivas, conseguiremos avançar”, afirma.
Faça Bonito

O Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual promove, anualmente, a campanha “Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes”, que pretende mobilizar governo, ONGs, famílias, escolas e sociedade, para assumir o compromisso no enfrentamento da prática. Saiba mais sobre a campanha clicando aqui.
Confira, a seguir, a íntegra da entrevista realizada no último dia do XXIV Congresso Nacional da ABMP, de 16 a 18 de maio deste ano, em Natal (RN).

Participação da população em denúncias e em mobilizações aumenta

 
 

A última sexta-feira, 18 de maio, foi marcada por uma série de passeatas, ações de panfletagem, peças de teatro e palestras em todo o Brasil. Essas mobilizações, realizadas em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, têm como objetivo alertar a população sobre o problema, que atinge crianças de todo o país.
Para Glória Diógenes, coordenadora do laboratório das juventudes da Universidade Federal do Ceará, “o país avançou bastante nos últimos anos com campanhas de mobilização que deram mais visibilidade ao tema, que tem se tornado, cada vez mais, pauta constante na sociedade”. Isso pode ser provado, por exemplo, pelo aumento de denúncias recebidas pelo Disque 100, um dos principais instrumentos de combate a essas práticas por meio de denúncias. De acordo com o informativo divulgado na própria sexta-feira, de janeiro a abril deste ano, foram recebidas 34.142 denúncias, número 71% maior que o mesmo período em 2011.

Confira o balanço do Disque 100 clicando aqui

A especialista também ressalta a importância de parcerias entre restaurantes e rede de hotéis no enfrentamento do abuso e da exploração sexual infantojuvenil. “Além disso, é bom ressaltar os benefícios da participação da iniciativa privada em projetos de educação profissionalizante a adolescentes que tiveram seus direitos violados”. No entanto, ainda é preciso melhorar alguns pontos. “As políticas públicas devem ser mais territorializadas, para que sigam as particularidades de cada comunidade”, completa.

Internet
Glória também fala sobre a necessidade de pais e responsáveis monitorarem a navegação de crianças e adolescentes na internet, que quando usada sem orientação pode ampliar o risco de violações desse tipo. “Essa é a melhor maneira de evitar que os filhos, sobrinhos, netos sejam vítimas de aliciadores presentes em redes sociais, salas de bate-papo e sites. E quando alguém souber de algum site ou pessoa que esteja fazendo isso, é preciso denunciar. Essa atenção, atrelada ao diálogo constante com crianças e adolescentes, é a melhor atitude que podemos ter perante esses perigos”.

A SafernetBrasil atua fortemente no combate a violações de direitos humanos, em especial de crianças e adolescentes, na internet. Em seu site, a ONG oferece dicas de prevenção, cartilhas sobre o uso seguro da internet e muito mais. Acesse www.safernet.org.br e confira!
Ação Proteção
A Fundação Telefônica|Vivo lançou, em alusão ao 18 de maio, uma campanha do Ação Proteção (projeto de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Estado de São Paulo e com a Childhood Brasil). A campanha conta com veiculação de comerciais de TV e programetes especiais com a Turma do Cocoricó na TV Cultura. Para mais informações sobre o programa e suas campanhas, acesse www.acaoprotecao.com.br
Da Rede Pró-Menino
 

21/05/2012

Acusado de crime bárbaro contra criança em Jucurutu, deve ser julgado em junho

 

Só falta marcar a data do júri!” A frase é do Promotorde Justiça da cidade de Jucurutu, Fausto França, sobre o julgamento popular de Alexsandro Soares de Melo, que está preso acusado de ter assassinado a menina Milena Soares da Silva, por volta das 17 horas do dia 14 de agosto de 2011.
O advogado de defesa do réu tentou recurso no Tribunal de Justiça, contra a decisão de pronuncia, mas, a mesma foi mantida, e o processo retornou a comarca de Jucurutu.
Um fato novo que chegou ao Blog através de fonte que pediu reserva quanto a sua identidade, é que foi juntado aos autos do processo, um laudo pericial do ITEP. Os peritos encontraram vestígios de esperma, no carro pertencente a “Sandro”, exatamente no encosto de cabeça da cadeira do passageiro da frente, onde a criança estava.
O promotor denunciou “Sandro”, como também é conhecido o réu, por homicídio triplamente qualificado:
O crime teria sido cometido por MOTIVO TORPE, ou seja, em razão de uma atração de natureza sexual que o denunciado desenvolveu com a vítima, tramando possuí-la na referida data, cujos planos foram frustrados, o que o levou a assassinar a criança.
O denunciado utilizou o MEIO CRUEL para assassinar a vítima, matando-a com o uso de pedra por meio de golpes na cabeça que causaram trauma craniano encefálico, tendo a menina agonizado por horas até a morte.
Em face da confiança que a vítima nutria com o denunciado e pela própria ingenuidade da idade, teve DIFICULTADAS ÀS CHANCES DE DEFESA, já que não esperava a investida do denunciado.
A previsão, agora, é que o processo seja colocado na pauta que deve ocorrer no próximo mês de junho.
Matéria Sidney Silva

Tragédia em São Bento: garoto de 8 anos é morto com tiro disparado por outra criança de 11 anos

 
Um caso estarrecedor chamou a atenção da população de São Bento, no início de tarde de ontemdomingo (20), por volta das 12h.
De acordo com informações repassadas pela polícia e por funcionários do Hospital de São Bento, um garoto de 11 anos de idade, residente no Bairro Belarmino Lúcio, local da tragédia, efetuou um disparo, com uma espingarda de calibre não informado, que atingiu uma outra criança de apenas 08 anos de idade, que morava no Loteamento Portal, a qual ainda foi socorrida para o Hospital Local e, em seguida, reconduzida para a cidade de Campina Grande mas faleceu no caminho.
Informações policiais dão conta de que os meninos estavam brincando na hora do ocorrido e que o fato ocorreu de forma acidental. A polícia informou, também, que o pai da vítima foi detido em virtude de esboçar reações de vingança contra o pai do menino que disparou a arma. “A arma não foi encontrada no local do crime”, disse a polícia.
Fonte: Leomarque Pereira
Categoria:
PB, Policial

18/05/2012

Emenda de Fátima garante 70 carros para Conselhos Tutelares do RN, Carnaúba dos Dantas será contemplado.

 
A deputada federal Fátima Bezerra (PT) alocou emenda individual no valor de R$ 2 milhões ao Orçamento Geral da União (OGU) que vai possibilitar aquisição de 70 veículos para os Conselhos Tutelares do Rio Grande do Norte. Ao todo 70 municípios foram contemplados pela emenda e vão receber um veículo cada.
A ministra chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, qualificou a deputada Fátima como 'excepcional para o Brasil'. "A Fátima Bezerra tem contribuído e muito com sua postura atuante em favor da criança e do adolescente. A emenda destinada pela Fátima possibilita mais investimento nos Conselhos Tutelares do Rio Grande do Norte. Vamos comprar carros, computadores e demais itens que darão um maior suporte ao trabalho importantíssimo dos conselhos", considerou a ministra.
Boa parte dos 171 Conselhos Tutelares existentes no Rio Grande do Norte ainda não possui veículo próprio ou o existente não oferece a mínima condição para atender a demanda gerada. Situação que compromete atuação do Conselho Tutelar na garantia dos direitos da criança e do adolescente no RN.
"Tem sido recorrente a reclamação de conselheiros e do Ministério Público da falta de estrutura para locomoção na execução de diligências que garantam os direitos da criança e do adolescente. Pretendemos garantir que até o próximo ano 100% dos conselhos de todos os municípios do Rio Grande do Norte estejam devidamente equipados com veículos novos", espera Fátima Bezerra, autora da emenda.
O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Padre Antônio Murilo, comemora emenda de Fátima. “Essa emenda é fundamental para equipar os Conselhos Tutelares. Somos os campeões, infelizmente, de violência sexual contra a criança e o adolescente. Não podemos cumprir nossa missão sem estrutura. A deputada foi sensível ao atender prontamente o nosso apelo. A emenda vai possibilitar uma resposta mais imediata na cobertura das violações dos direitos da criança e do adolescente”, enfatiza.
Aquisição dos veículos populares será feita pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos – SNDH e entregues diretamente aos municípios.
Relação dos municípios: 


01
Afonso Bezerra
02
Água Nova
03
Alexandria
04
Almino Afonso
05
Apodi
06
Areia Branca
07
Assu
08
Baía Formosa
09
Barcelona
10
Caiçara do Norte
11
Caicó
12
Campo Grande
13
Campo Redondo
14
Canguaretama
15
Caraúbas
16
Carnaúba dos Dantas
17
Carnaubais
18
Ceará-Mirim
19
Cerro-Corá
20
Currais Novos
21
Dr. Severiano
22
Equador
23
Extremoz
24
Florânia
25
Frutuoso Gomes
26
Grossos
27
Ielmo Marinho
28
Ipanguaçú
29
Itaú
30
Jaçanã
31
Janduís
32
Jardim Seridó
33
João Camara
34
Lagoa D´anta
35
Lagoa de Velhos
36
Lagoa Salgada
37
Lajes
38
Lucrécia
39
Luiz Gomes
40
Macaíba
41
Macau
42
Marcelino Vieira
43
Messias Targino
44
Montanhas
45
Olho D'água dos Borges
46
Ouro Branco
47
Parelhas
48
Parnamirim
49
Patú
50
Pedra Grande
51
Pendências
52
Rafael Fernandes
53
Riacho de Santana
54
Santa Cruz
55
Santana do Matos
56
Santana do Seridó
57
São Gonçalo do Amarante
58
São José de Mipibu
59
São Paulo Potengi
60
São Rafael
61
São Tomé
62
São Vicente
63
Serra do Mel
64
Serrinha
65
Serrinha dos Pintos
66
Taipú
67
Tenente Laurentino
68
Timbaúba dos Batistas
69
Upanema
70
Vila Flor

Fonte: Assessoria de Imprensa
Dep. Federal Fátima Bezerra - PT/RN

10/05/2012

Justiça do RN não tem onde internar adolescentes infratores

 

Os Centros Educacionais de que o Estado dispõe para aplicação de medidas sócio-educativas, privativas de liberdade a adolescentes infratores, não oferecem condições dignas de internamento.
Este é um dos temas a serem destacados na edição desta semana do programa TJTV – O JUDICIÁRIO E VOCÊ.
Uma outra reportagem acentua, infelizmente, que esse é um problema que se estende, também, às demais unidades prisionais do Rio Grande do Norte.
O desembargador corregedor, Cláudio Santos, chega a classificar como indignas e sub-humanas as condições em que se encontram.
Na terceira reportagem, vamos acompanhar o corre-corre registrado nos últimos dias do prazo para o alistamento eleitoral deste ano, que se encerra neste dia 9.
“TJTV – O Judiciário e você” é um programa da Secretaria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, transmitido pela TV Assembléia, toda terçca-feira, às 8 e meia da noite, e pelaTV Justiça, aos sábados, às 9 da manhã, com reapresentação nas terças-feiras às 10 horas.
A edição desta terça-feira, dia 9, tem apresentação de Karla Correa, reportagens de Bira Nascimento e Maria da Guia Dantas, com produção, pauta e chefia de reportagem de Lívia Aires.
Fonte: TJRN

08/05/2012

São Paulo - Dupla jornada provoca alterações na saúde de adolescentes aprendizes

  A dupla jornada de adolescentes aprendizes - entre escola e trabalho - pode provocar alterações na saúde e na vida desse jovens. É o que mostra a dissertação de mestrado Percepção de Jovens Aprendizes e Estagiários sobre Condições de Trabalho, Escola e Saúde após Ingresso no Trabalho, elaborado pela pesquisadora e psicóloga Andréa Aparecida da Luz, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o estudo, os adolescentes que dividem seu tempo entre a escola, a formação para a vida profissional e o trabalho aprendiz ou estágio podem apresentar queda no desempenho escolar, perda ou ganho excessivo de peso, sonolência e diminuição da capacidade de manter a atenção.
Para o estudo, Andréa fez uma pesquisa que envolveu 40 jovens, entre 14 e 20 anos de idade, sendo 20 aprendizes e 20 estagiários. Todos participavam de um curso de preparação para o mercado de trabalho em uma organização não governamental (ONG) localizada na zona sul de São Paulo, dedicada a preparar jovens para o primeiro emprego. A ONG também é responsável por encaminhar esses adolescentes, seja como aprendizes ou como estagiários, para empresas parceiras. Esses jovens trabalhavam durante o dia, estudavam no período noturno e frequentavam os programas de aprendizagem e de estágio na ONG.
Em entrevista à Agência Brasil, Andréa contou ter observado, durante o estudo, que os jovens passavam mais tempo no trabalho do que na escola. “A dedicação do tempo diário deles é muito maior para trabalhar, para a atividade laboral, do que para a formação e para o ensino.” A jornada desses jovens chegava a 40 horas semanais entre trabalho e acompanhamento da ONG, somada a 25 horas semanais de estudos.
“A carga horária do aprendiz, prevista na legislação, é seis horas [por dia]. São seis horas na empresa, mas há que se considerar que ele precisa se deslocar até uma instituição qualificadora, que atenda ao programa de aprendizagem, e ficar lá por cerca de duas horas por dia. Isso dá uma jornada, de segunda a sexta-feira, de 40 horas, somada a quatro horas e meia de estudo no período noturno, o que dá uma jornada de mais de 60 horas [semanais], o que é pesado para esses jovens”, disse a pesquisadora.
Outro problema é que os adolescentes, segundo ela, acabam “abrindo mão” de atividades de lazer e do convívio com parentes e amigos. Esses jovens também relataram ter consumido mais café, refrigerante e doces para ficarem mais tempo acordados ou menos sonolentos. Também foram mencionados problemas relacionados a dores musculares, problemas gastrointestinais e estresse.
Para compensar notas e frequências na escola, geralmente esses adolescentes entram em acordo com professores, e se comprometem a fazer trabalhos escolares. “Mas o aprendizado, aprender as coisas, discuti-las e refletir sobre elas, coisas importantes que eles precisam no ensino médio para futuramente tentar um vestibular ou uma faculdade, isso ficou comprometido”, ressaltou.
Em geral, esses jovens precisam do trabalho para complementar a renda familiar. “Em alguns momentos, a escolha chega a ser perversa. Ele é um jovem que precisa trabalhar. Cerca de 65% da população que eu estudei contribuíam com mais de 50% de seu salário [de aproximadamente R$ 465 na época em que foi feito o estudo] em casa. Em caso de mãe e pai desempregados, eles [jovens] contribuíam com 100% de seus salários..”
Um dos resultados desse estudo foi ter provocado mudanças na organização da ONG, que resolveu alterar o horário do curso preparatório para favorecer os jovens que moram longe e precisam acordar muito cedo. A ONG também resolveu incluir temas sobre saúde e segurança no trabalho no curso. “Não consegui uma mudança específica nas empresas. Mas fiquei contente com a mudança que conseguimos na instituição, que fez uma alteração na grade curricular tanto para os jovens que estão se preparando quanto para os que já ingressaram no mercado de trabalho”, disse Andréa.
Para a pesquisadora, o estudo demonstrou que é preciso fazer também outras mudanças. Segundo relato dos jovens, por exemplo, a maioria das empresas não promove treinamento com seus estagiários ou aprendizes, o que chegou a contribuir para que muitos deles se acidentassem no ambiente de trabalho ao usar guilhotinas ou manusear papéis e equipamentos.
“Acredito que algumas mudanças nessa política de trabalho de jovens merecem atenção. [É preciso haver] algumas rupturas como a de achar que basta o jovem ingressar no mercado de trabalho que estará tudo resolvido. O trabalho tem uma função importante na vida dele e ele [jovem] se reconhece nesse trabalho. Mas deveria ser pensada uma carga horária que não prejudicasse a escola. O aprendizado deveria ser valorizado em primeiro lugar nesses programas e não a exploração da mão de obra desses jovens. A legislação deveria olhar mais para isso.”
O estudo foi feito entre os anos de 2008 e 2010. Parte dele foi apresentada no 30º Congresso Internacional sobre Saúde Ocupacional, ocorrido em março deste ano em Cancún, no México. Concorrendo com mais de 60 estudantes de vários países, Andréa teve seu estudo premiado com o primeiro lugar.
Fonte: Agência Brasil - 05/05/2012

03/05/2012

Metade da população brasileira não terminou ou simplesmente não cursou o Ensino Fundamental


Dados são do Censo Demográfico 2010 e foram divulgados  pelo IBGE

Metade da população brasileira não terminou ou simplesmente não cursou o Ensino Fundamental. No entanto, essa mesma taxa era de mais de 65,1% no ano 2000. Os dados se referem aos brasileiros com 10 anos ou mais e fazem parte do Censo Demográfico 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Segundo o IBGE, na década analisada, todas as regiões do Brasil apresentaram avanços nesse sentido. Na Sudeste, por exemplo, o percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto caiu de 58,5% para 44,8%; na Norte, de 72,6% para 56,5% e, na Nordeste, de 75,9% para 59,1%.
Os dados do censo mostram que 966 mil crianças e jovens de idades entre 6 a 14 anos não frequentavam escola em 2010. O número representa 3,3% da população dessa faixa etária. A pior situação é a da Região Norte, com o percentual mais alto: 6,1% - quase duas vezes a taxa do Sul, que foi de 2,5%, e a do Sudeste, de 2,8%.
Observando os dados referentes à faixa etária de 7 a 14 anos, o percentual de crianças e jovens fora da escola caiu, entre 2000 e 2010, de 5,5% para 3,1%.
Já entre os jovens de 15 a 17 anos, idade potencial para se cursar o Ensino Médio, 16,7% não frequentavam escola em 2010. Em 2000, o índice era de 22,6%. As regiões Norte e Sul apresentaram a maior taxa, superior à média nacional: 18,7%.
Com a aprovação da Emenda Constitucional 59, em 2009, a matrícula é obrigatória no Brasil dos 4 aos 17 anos. As redes de ensino têm até 2016 para se adaptarem.
De acordo com o relatório De Olho nas Metas 2011, produzido pelo Todos Pela Educação, o País tem hoje 3,8 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos fora da escola.
Segundo a diretora executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, no caso das crianças muito pequenas que ainda estão fora de casa, isso acontece muitas vezes porque não há oferta de vagas. "Além disso, muitas vivem no campo, periferias e regiões de difícil acesso. Há também a questão cultural: no Sul do País, por exemplo, é comum a criança ficar em casa, com os pais, um pouco mais de tempo e só ingressar no sistema educacional no Ensino Fundamental”, afirma.
No caso dos jovens, Priscila destaca que o problema é mais complexo. “Há a evasão escolar, a distorção idade-série e o desinteresse pela escola”, explica.
Deslocamento
De acordo com os dados do IBGE, 8,3% dos alunos brasileiros frequentavam uma unidade escolar fora do município onde residiam. Isso significa que 4,4 milhões de estudantes têm que se deslocar entre cidades para estudar. Desse total, 1,1 milhão está no estado de São Paulo – esse número representa 57% dos que trocam de município na região Sudeste. O estado tem 645 municípios.