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04/03/2012

Quando levar sua filha ao ginecologista

 Adolescente e sua mãe
Quando a filha chega à adolescência, é comum que ela comece a ter mais dúvidas sobre sexo ou apresente algum problema de saúde que o pediatra já não pode mais cuidar. É neste momento que a consulta com um ginecologista se faz necessária, pois este especialista vai auxiliar a adolescente de uma forma que o antigo médico e os pais não conseguem ou não se sentem preparados.
"É difícil o pediatra conversar com a adolescente sobre sexo, pois ele não a enxerga como uma mulher. Por isso é importante levar sua filha ao ginecologista, pois ele tem um ponto de vista diferente do pediatra. Muitas vezes, o pediatra só encaminha a paciente ao ginecologista em casos extremos, quando a menina apresenta corrimentos ou infecção urinária. A consulta com o ginecologista desde cedo ajuda a adolescente a entender o que o sexo sem segurança pode causar e isto evita alguns problemas", esclarece o ginecologista e obstetra Marco Aurélio Galletta, responsável pelo Setor de Gravidez na Adolescência da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas de São Paulo.
A primeira consulta deve acontecer o quanto antes. "O ideal é no início da puberdade, quando ocorre a primeira menstruação e o aparecimento das mamas e dos pelos pubianos, em média entre 12 a 15 anos", alerta Omar Abussamra, ginecologista da Unimed Paulistana. "É difícil precisar uma idade correta para uma garota buscar pela primeira vez um ginecologista. Mas é fato que, quanto antes isso acontecer, menores as chances de surgirem no futuro complicações como ovários policísticos, traumatismos, distúrbios menstruais, cólicas intensas, e até mesmo problemas relacionados à saúde sexual", explica Viviane Monteiro, ginecologista e obstetra especialista em ginecologia infanto-puberal.
"É importante levar a adolescente ao ginecologista logo na primeira menstruação, antes que ela apresente algum sintoma. Assim, o médico vai ajudá-la a encarar a menstruação de forma natural, esclarecer que ela já pode engravidar, entre outras informações", avisa Marco Aurélio. Ao contrário do que muitos pais pensam, a visita não deve ser feita somente quando a filha já manteve relações sexuais, mas de forma regular já na adolescência. "Uma consulta garante a prevenção de muitas doenças e ainda tira as dúvidas, às vezes difíceis de responder, se tornando um elemento facilitador para que ela assuma a responsabilidade por sua própria saúde e se dedique a atitudes de prevenção", ressalta Viviane.
É importante que os pais entendam que a adolescente já é quase uma mulher e precisa de acompanhamento médico adequado. "Os pais geralmente observam a rápida evolução hormonal e anatômica de suas filhas, surgindo aí as dúvidas sobre o momento ideal para encaminhá-las às consultas ginecológicas. A falta de diálogo, tabus e o medo da iniciação sexual fazem com que eles adiem a primeira consulta, expondo a menina principalmente à gravidez precoce e às doenças sexualmente transmissíveis (DST). Quando bem orientada pelos pais, a adolescente deve comparecer cedo à consulta com o ginecologista", adverte o médico Omar. 

 Loreta Fagionato - Equipe BBel 

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