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12/07/2012

Mamadeiras devem ser usadas em casos de necessidade; veja cuidados que pais devem ter

Segundo médicos, a mamadeira é apenas uma opção caso a amamentação não seja possível

 Seja por falta de tempo ou por outros problemas que impedem a mãe de amamentar o filho, a dúvida é frequente: oferecer ou não a mamadeira para o bebê? "O leite materno é sempre melhor, mas na impossibilidade de amamentação, a mamadeira pode ser uma solução", diz a pediatra Ana Maria de Ulhôa Escobar, professora associada da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). O aleitamento materno propicia satisfação nutricional, afetiva e um bom desenvolvimento geral: das estruturas faciais, da coordenação, da força muscular e das funções da boca.

Para a fonoaudióloga Zelita Caldeira Ferreira Guedes, chefe da disciplina de distúrbios da comunicação humana da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o uso da mamadeira só deve ocorrer quando a mãe está impossibilitada de amamentar. "A mamadeira não deve ser priorizada. Ela não é uma opção, é uma necessidade", afirma Zelita.
O ideal é que a mamadeira nunca seja oferecida a bebês com menos de seis meses --que devem se alimentar exclusivamente do peito-- nem com frequência, pois pode causar problemas futuros, como alterações nos ossos da face, que englobam a boca e o nariz. O uso excessivo da mamadeira também pode levar à respiração bucal, gerando problemas futuros como, por exemplo, rinite, asma, desvio de septo, além de dentes encavalados. "O peito materno é a única 'mamadeira' ideal", diz o dentista Pedro Vinha, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.
              
                     Como escolher a mamadeira?
Caso as mães precisem usar a mamadeira para alimentar o bebê, devem ter alguns cuidados ao escolher. De acordo com pediatra Luiz Antonio Del Ciampo, professor do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, "a mamadeira deve ser preferencialmente de vidro, com paredes internas lisas, de fácil limpeza e resistente à esterilização". As marcas de graduação de volume devem estar do lado de fora, já que o recipiente liso não retém resíduos e facilita a higiene. Já a mamadeira de plástico nunca pode conter Bisfenol-A (BPA), proibida pela Anvisa."O diâmetro do furo também é importante. Furos finos demais deixam as arcadas mais estreitas, e furos grandes demais deixam a língua mal posicionada", explica o dentista Pedro Vinha. Os furos medianos são os mais recomendados pelos especialistas, pois não exigem uma grande força de sucção para extrair o leite e nem provocam um excesso de volume de líquido, que pode atrapalhar a língua do bebê ou fazê-lo engasgar.
Mas como descobrir se o bico é adequado? De acordo com a fonoaudióloga Zelita Caldeira Ferreira Guedes, o procedimento é simples: coloque o líquido e vire a mamadeira de cabeça para baixo; a saída do líquido deve ser em gotas, não em um fluxo contínuo. "Bicos convencionais, mais finos e  compridos, são os menos prejudiciais. O bico ortodôntico é ótimo para não criar um problema nos dentes e mandíbula", diz Vinha. No entanto, de acordo com o dentista, seu uso em excesso também pode causar problemas respiratórios.
                                       Pare o quanto antes Para os especialistas, se a mamadeira for usada como opção, deve ser abandonada o quanto antes para evitar problemas. Depois da amamentação exclusivamente no peito até os seis meses, outros alimentos devem ser introduzidos na dieta do bebê. Por conta do nascimento dos dentes, esses alimentos servirão como um preparação para comer algo realmente sólido. "Se a mãe prolongar o uso da mamadeira e não insistir na alimentação pastosa, acaba prejudicando o desenvolvimento do bebê, pois não faz esse treino", diz Zelita.
 Rafael Roncato
Do UOL, em São Paulo

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